O mercado imobiliário sofreu mudanças expressivas com uma pandemia do novo coronavírus, desde a transformação das necessidades das famílias, até as transformações tecnológicas que ajudaram o setor a obter maior agilidade e controle para cumprir prazos, reduzir custos e melhorar resultados.
Agora, sobre 2021, Marcelo Ottoboni Baldiotti, CEO da Innover Haut Engenharia, Construtora e Incorporadora, acredita que será um ano positivo, mas desafiador, e dita dez movimentos importantes.
Confira!
“O desemprego elevado e as projeções menores para o crescimento da economia têm importado entidades do mercado imobiliário. O setor que mais emprega pessoas está acompanhado de perto para provar que o biênio 2021 e 2022 será de crescimento para a construção civil ”, afirma.
Ele ressalta ainda que os incorporadores já se anteciparam à tendência positiva e têm se otimistas, impulsionando suas metas de lançamentos e investindo em tecnologias para ajudá-los a conter a alta de preços de insumos da construção civil, tais como:
1) Obras melhores controladas por meio de modelagens como o Building Information Modeling (BIM);
2) Utilização de drones e robotização para diminuir erros e automatizar processos;
3) Projetos tecnológicos, sustentáveis que utilizam energias limpas e renováveis, além de arquitetura diferenciada e materiais de alto padrão e desempenho;
Dez expectativas do ramo, segundo Marcelo Ottoboni Baldiotti, CEO da Innover Haut Engenharia, Construtora e Incorporadora:
- Com o mercado em alta, mais agressivo e líquido, uma permuta deixada de ser uma queridinha das incorporadoras, que preferem pagar em dinheiro pelos terrenos, pois acreditar na valorização futura dos imóveis.
- As garantias também estão com os preços elevados – todos os garantias em seguros e garantias aumentaram as taxas para recompor perdas / indenizações passadas. A alta das garantias pode afetar a rentabilidade de um projeto imobiliário em até cinco pontos percentuais.
- Investidores menores têm procurado incorporadoras de pequeno e médio porte, operando diretamente em projetos.
- A alta do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) e Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) tem levantado a discussão a respeito da inadequação dos índices de correção nas primeiras. Para evitar uma crise generalizada, os contratos passam a contar com uma cláusula que substitui o índice de reajuste de maneira a favorecer o equilíbrio do negócio, ou seja, a adoção de uma taxa pré-fixada.
- O metro quadrado subiu quase 50% em algumas regiões. Um imóvel localizado nos bairros mais nobres de Campinas / SP que antes era negociado a R $ 12 mil, hoje custa R $ 18 mil por m².
- Cambuí, Nova Campinas, Taquaral, Mansões Santo Antônio, Swiss Park e Cidades próximas como Jaguariúna continuam sendo como regiões escolhidas e estudadas pelas incorporadoras “Estudo Técnico, Urbanístico, Geográfico, Viabilidade Técnica e Econômica”. Muitos lançamentos acontecerão nos próximos meses.
- Estúdios de 40 m² lançados em Campinas e Região. Com a consolidação do home office e o desinteresse por morar próximo ao trabalho, as novas famílias estão investindo em imóveis maiores – aumenta a procura de apartamentos de 60 m² a 120 m².
- As incorporadoras estão perdendo o interesse por terrenos de 800 m² em relação às áreas que podem abrigar os produtos mais imponentes, de dois a quatro mil m².
- A cada dez projetos negociados, cinco são de alto e altíssimo padrão. Incorporadoras valorizam a unidade familiar e investem em altas metragens e inovação arquitetônica, além de Tecnologia e Sustentabilidade.
- Os condomínios de casas também estão aquecidos, inclusive residências dedicadas à população na terceira idade que busca por segurança, apoio e mais qualidade de vida.
“Todo esse cenário foi catalisado por uma excessiva oferta de crédito imobiliário jamais vista na história brasileira, com taxas de juros baixíssimas. A cadeia produtiva de maneira geral se beneficiou, pois incorporadores compraram mais terrenos, lançaram mais empreendimentos, construtores aceleraram suas obras e as imobiliárias alcançaram patamares de vendas de imóveis de épocas áureas ”, conclui Marcelo.
Imagens meramente ilustrativas com o objetivo de compor a Entrevista.
Origem e Fontes das Imagens (A. Yoshii Engenharia, Plaenge Incorporadora, Padovani Arquitetos & Associados).
Dados Gerais:
Jornalista & Marketing: Sra. Talita Pires De Camargo Andrade Molina;
Entrevistado: Sr. Marcelo Ottoboni Baldiotti – Diretor Presidente / Innover Haut Engenharia, Construtora e Incorporadora.